Desde 2014 grupos neonazistas ressurgiram com força na Ucrânia.
Parte deles atacavam frequentemente civis no leste, mais precisamente nas regiões que mês passado ganharam o status de autônomas, em torno das cidades de Luhansk e Donetsk.
A Russia de Putin é anti-nazista, mas observava seu crescimento sem grandes interferências.
Ocorre que a partir de 2018 esses ataques se intensificaram com a chegada a presidência da Ucrânia um simpatizante desses grupos.
EUA, decorrente da baixa popularidade de seu presidente e da influencia que seu filho exerce sobre a Ucrânia (https://www.rtp.pt/noticias/mundo/hunter-biden-a-pedra-no-sapato-do-presidente-que-ameaca-fazer-tropecar-o-partido-democrata_n1382779) alimentaram o entrave Ucrânia x Putin incentivando o governo da Ucrânia a aderir a OTAN (força militar em torno dos EUA). Aceite que traria para muito perto de Moscou o armamento pesado americano.
Putin reagiu antes que mais civis de Luhansk e Donetsk sofressem danos e que o governo aderisse a OTAN.
Assim que militares russos e seus equipamentos de guerra entraram na Ucrânia, Putin solicitou reunião com o governo da Ucrânia para celebrar acordo.
Logo mais (03/02/22) representantes de ambos os lado se reunirão pela segunda vez.
Torço para que cheguem a um acordo e acabe os danos para todos os lados.
Mas o governo Biden, se interferir, atrapalhará o acordo devido tentativa de enfraquecimento russo que guerras trazem e, com isso, afetar o avanço chinês. Quanto mais durar, mais EUA fortalecerá os descontentes apoiando manifestações contra Putin.
Por traz desse conflito, há também o interesse da industria bélica em renovar seu aparato. Alemanha, França, Austrália, Inglaterra, já declararam intenção de enviar armamento e dinheiro para ajudar a resistência. Turquia diz que já enviou drones.
Por hora, o cenário se desenrola para consolidação das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk ampliando espaço para leste e uma Ucrânia menor, mais concentrada a oeste, em direção a europa de modo que Putin consegue repelir as forças da OTAN, caso EUA insista.
A questão central agora é a pressão que o setor econômico exercerá pelo fim do conflito tensionando pela queda da reprodução ampliada do capital e a resiliência que as economias dos países envolvidos detem para suportar maior duração do conflito.
De parte da Russia, tudo indica a necessidade de rapidamente por fim no conflito. E suas ações mostram isso.
Nesse momento é bom relembrar a posição do Brasil na crise dos mísseis em Cuba em 1962. Naquela ocasião, respondendo a ousadia americana de colocar misseis na Turquia e Itália, a então União Soviética leva misseis para Cuba. A diplomacia brasileira na época se posicionou na ONU se opondo a qualquer intervenção militar em qualquer pais que afete sua autonomia e que qualquer conflito deveria ser resolvido na mesa de negociações.
É o que Putin vem tentando e os EUA atrapalhando.
Aguardemos aflitos o desenrolar e que a negociação diplomática resolva o mais rápido possível o conflito.
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